Respiros Poéticos

Neste sábado, partilharmos com xs ouvintes, na forma de respiros, falas poéticas de sabedoria ancestral. palavras antigas como o cheirinho da chuva de agora, novas como os tempos imemoriais… em suma, palavras atemporais, com plumagens e flechas e canto e trovões. trazemos das matas, de yvy, da hutukara curtos e profundos respiros de gente sábia da floresta cuja potência inocula primavera em qualquer tempo. neste outono, a gente traz palavra fertilizante de primavera pra celebrar o abril indigena de sol a sol, de lua a lua, de janeiro a janeiro, o ano todo, de novo e de novo, no tempo eternizante desta poética de saberes, dos diálogos da floresta, do encanto que são as artes verbais ao pé da fogueira. essas palavras, tão pouco conhecidas por muitos de nos, ressonam nos ares da Plurinação Pindorama Brasil e além há mais de 520 anos. elas resistem, retumbantes. o que hoje partilhamos com xs ouvintes é poesia purinha além da forma, é poesia-corpo, poesia total. com vocês, as vozes da floresta nas falas de Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Cristine Takua e Carlos Papá —– voz: Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Carlos Papá, Cristine Tekuá —– criação: Juliana Bittencourt e Silvia Nogueira —- apresentação e voz: Silvia Nogueira — técnica: Bruna Quevedo